Há infinitas maneiras de brincar com as palavras, mesmo não havendo nada que eu fale ou escreva que alguém já não tenha escrito ou falado. O bom é que não há assunto esgotado, portanto prossigo. Prossigo jogando, inventando novas formas, novas combinações, mesmo que ao escrever as palavras soem incompreensíveis para mim e para os que as leem. Estranhas, desajeitadas, elas são essencialmente fascinantes.
Dou-me por vencida, não consigo mais parar. Deve ser tão triste não escrever, ser privado do essencial, do que é vida. Sim! Palavra é vida, porque é sentimento, é expressão de guardados profundos, de sonhos. Com as palavras eu posso fabricar o que quiser: um dia inteiro só de sorrisos, um arco-íris de infinitas cores, um coração que só sabe amar, mãos que jamais ferem, palavras que nunca magoam. Eu posso criar você sempre me amando. E posso me fazer sempre de bom humor (Ah! As palavras podem tanto...). Posso fabricar mais alegria do que tristeza no mundo. Posso fazer poesia, artigos, receitas, notícias... escrevo porque existo, e existir é tão bom!