domingo, 29 de janeiro de 2012

Leve


Hoje o dia me pediu para sorrir mais, para ser folha que balança com o vento, me deixar levar.

Eu respondi que tinha medo, que era perigoso demais. Ele, então, me falou: ‘o que é viver, se não correr riscos? Viver é perigoso mesmo, mas vale a pena,’.

Pediu-me, então, para confiar, que chorasse quando quisesse, mas que depois enxugasse as lágrimas e sorrisse.

Concordei, mesmo com inseguranças e medos.

Hoje eu estou feliz porque fui folha. Pude enfim ver o maravilhoso da vida.


sábado, 21 de janeiro de 2012

A felicidade


Vem meu amor, vem ser feliz.
Não a desprezes. Ela está tão sôfrega correndo atrás de você.
Caminha pelas ruas a sua procura
Onde quer que você esteja lá está ela tentando se mostrar.
Te cutuca, tropeça em você.
Ela é tão bonita, tão afoita, tão sua.
Sabe quem é ela? É a  felicidade e é tão pura.



 


Arrisque-se


Construir casas de vidro, 
acomodar-se para não correr riscos.
Deixar a felicidade passar até não alcançar mais os rabiscos
do que um dia foi sonho e desejo secreto
Foi o que fiz, sempre.
Não ter medo de arriscar e tentar ser feliz.
Mudar o que for preciso,
Para que ela chegue aos poucos, nos amigos novos, nos momentos que hão de vir.
É o que farei
E que venha o novo trazendo junto o gostinho da ansiedade.
Chegue felicidade!
Quero deixar para trás os meus desgostos.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012


Pode até parecer atrevimento, mas nunca pensei em desistir.
Já quis dar um tempo, respirar, gritar.
Já quis ficar sozinha algumas vezes, mas desistir, nunca.
Já quis brigar contra coisas que considero injustas,
já me senti um sapato, bem velho, encostado no canto escuro da casa, mas nunca pensei em deixar para trás tudo que me motivou até aqui.
Há mais sol em mim do que posso supor.
Há mais brilho, mais cor, mais vida, mais esperança...
Há amor
Isso me impulsiona a prosseguir.





 


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

As palavras


         Há infinitas maneiras de brincar com as palavras, mesmo não havendo nada que eu fale ou escreva que alguém já não tenha escrito ou falado. O bom é que não há assunto esgotado, portanto prossigo. Prossigo jogando, inventando novas formas, novas combinações, mesmo que ao escrever as palavras soem incompreensíveis para mim e para os que as leem. Estranhas, desajeitadas, elas são essencialmente fascinantes.                              

          Dou-me por vencida, não consigo mais parar. Deve ser tão triste não escrever, ser privado do essencial, do que é vida. Sim! Palavra é vida, porque é sentimento, é expressão de guardados profundos, de sonhos.  Com as palavras eu posso fabricar o que quiser: um dia inteiro só de sorrisos, um arco-íris de infinitas cores, um coração que só sabe amar, mãos que jamais ferem, palavras que nunca magoam. Eu posso criar você sempre me amando. E posso me fazer sempre de bom humor (Ah! As palavras podem tanto...). Posso fabricar mais alegria do que tristeza no mundo. Posso fazer poesia, artigos, receitas, notícias... escrevo porque existo, e existir é tão bom!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Infância


Voltando à minha infância,
Lembro-me do pé de manga que havia no quintal
Nele subia e descia
Sob sua sombra me esquecia...


Olhava para o alto... céu, pássaros, estrelas
Contava e lia histórias
Conhecia personagens e letras
Encontrava paz, silêncio, memórias.


É, preciso reviver, nem que seja na lembrança
O meu antigo pé de manga.
Pois, nele também estava, o melhor da minha infância.


domingo, 8 de janeiro de 2012


Talvez...
de todas as alegrias,
de todos os instantes,
de todas as vivências e experiências adquiridas ao longo do caminho,
conquistar e  cultivar o amor seja o que mais me encanta e motiva nesta vida. Momentos ao lado dos que amo serão sempre inesquecíveis para mim,
o amor representa o que há de melhor no mundo...
o azul do céu,
o amarelo que sobra do sol,
o verde das plantas,
o galo que canta no quintal do vizinho,
as aves quando buscam alimento para os seus...
São apenas algumas das imagens que vêm à cabeça quando penso no amor.

   


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Sugerido instante

O encontro, o olhar, o gesto.
O salão, a dança, o toque.
O beijo, o instante perfeito.
A música, a dança, os corações.
O sabor, o inesquecível, o olhar
Os encontros e desencontros.
A semente lançada, O sentimento.
A saudade querendo ficar.
O amor, o gesto, o olhar.
E nesse instante eu quero ficar.



Eu



Pode até tentar, mas não vai me desvendar!
Eu sou meio atravessada, assim... do avesso.
Sou desconcertante, desconcertada. Nem adianta tentar.
Imagem embaçada. Fotografia desbotada.
Palavras atravessadas na garganta.
Sentimentos guardados. Gestos recolhidos.
O escuro!
Eu sou a sua neblina!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Travessia

                                     "Eu atravesso as coisas - e no meio da travessia não vejo!"
                                                                                                         
                                                                                                                       (J. Guimarães Rosa)