segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Tempo


Todos os dias coisas escorregam das mãos
Como água que desce pelo ralo
Como folha que cai com o outono em vento


O tempo atravessa a noite
E pela manhã não me reconheço no espelho
Quem é aquela que me espia?
Já não caibo nos meus sapatos e roupas
Não uso mais aquelas tranças


Tenho que me acostumar com essas marcas em meu rosto
E pisar esse chão que não secou
Hoje percebo que crescer exige esse esforço de vida
Esforço que farei
Vida que tecerei
Colcha que me cobrirei
Hoje o vento está zunindo, zunindo...

Um comentário:

  1. "Já não caibo nos meus sapatos e roupas
    Não uso mais aquelas tranças"... tenho me sentido assim frequentemente...

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